segunda-feira, 16 de março de 2009

3ª PARTE DA ENTREVISTA À GQ

Era apenas isso que “Crepúsculo” era para Pattinson, no inicio: um trabalho americano. Ele não sabia acerca do culto, acerca dos fãs que seguiam Edward e Bella, a amiga mortal que põe constantemente em perigo, desde o primeiro livro – o qual tornou a autora Stephenie Meyer, uma mórmon e mãe a tempo inteiro, do Arizona, no maior fenômeno da indústria das publicações desde J.K.Rowling e o seu “Harry Potter” – através de três sequências cada vez mais intensas. Ele não sabia que assim que a adaptação cinematográfica foi anunciada esses mesmos fãs de “Crepúsculo”, cerca de 98,999% mulheres e 100% fervorosos – começaram a encher os quadros de mensagens da Internet com profundas opiniões sobre qual seria o ator certo (e errado, errado, errado!!!) para o protagonista masculino. Tudo o que ele sabia era que não se conseguia lembrar de como fazer um sotaque americano. Estava começando a passar-se. Por isso, comprimido.

“Foi a primeira vez que tomei Valium” diz ele passado um segundo, talvez apercebendo-se de como isso soa. “Um quarto. Tomei um quarto de Valium. Tentei fazer isso numa outra audição e o tiro saiu-me completamente pela colatra – comecei a perder os sentidos.” (Não consumam drogas, crianças.)

Ele fez a audição no quarto de Hardwicke; Hardwicke gravou-o a si e a Stewart representando uma das grandes cenas românticas do filme. Por essa altura, Hardwicke já havia se encontrado com centenas de potenciais Edwards. “Eu tinha visto um ‘zilião’ de rapazes muito bonitos.” diz ela. “Mas esse era o problema. Todos eles pareciam o típico tipo super giro do liceu. O rei do baile de formatura ou o capitão da equipe de futebol da escola. Não pareciam ser algo de um outro mundo ou época.”

Eles fizeram a cena. Houve uma química. Hardwicke esperou um dia para decidir – “Não importa o quanto eu me apaixone por uma pessoa, eu me obrigo sempre a rever a fita, para ter a certeza de que não estou apenas sendo confundida por algo que paira no ar” – mas conta que Stewart lhe disse, logo ali no quarto : “Tem de ser o Rob”

“Todos os que vieram fizeram algo vazio, superficial e descuidado” diz Stewart. “Eu sei que é algo muito mau de se dizer em relação a todos os outros atores – mas o Rob compreendeu que este não era um personagem frívolo”

Hardwicke tinha ainda que convencer a Summit Entertainment, o estúdio por detrás de “Crepúsculo”, de que Pattinson era o tal.

“Recebi uma chamada do presidente do estúdio” diz Hardwicke. “ ‘ Tens a certeza que consegues tornar esse rapaz bonito?’ “

Eles enviaram-no para um instrutor, pintaram-lhe e cortaram-lhe o cabelo. Pattinson embrenhou-se no estudo – os romances já editados e “Midnight Sun”, a história de “Crepúsculo” recontada do ponto de vista de Edward, inacabado e ainda não publicado. (“Eu era um vampiro, e ela tinha o mais doce sangue que eu havia cheirado em oitenta anos”. Ele apareceu para filmar com uma série de ideias acerca de como o filme poderia ser mais do que apenas um romance adolescente disfarçado com um pouco de terror; acerca de como Edward poderia ser menos como o Príncipe Encantado dos romances – “Se conhecesses um rapaz assim na vida real” diz ele “irias pensar que era um idiota” – e mais como o tipo que não se mistura e se queima com cigarros a um canto da festa do liceu. Menos sedutor, mais monstro. Ele achava que no fim do filme, quando Edward e Bella dançam lentamente ao som de Iron & Wine, não se deviam ter beijado. “Eu achava que teria sido interessante” diz ele “ para uma ‘coisa adolescente’”.


Fonte: men.style.com

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